domingo, 22 de julho de 2012

Vazio

O que é mais difícil?
A dor da ausência de alguém que trazemos no coração, ou...
A dor da ausência de alguém no coração?
No primeiro caso, por mais que seja dolorido e triste, existe esperança... mesmo que muito fraca, ela existe! E isso faz sonhar!
No segundo caso... não existe nada! E o nada, ao contrário do que se possa acreditar, não conforta e nem alivia... nem inspiração para escrever acontece...
Foco (e muito) em coisas que me fortaleçam e animem mas, as vezes, o vazio é extremamente cruel.
Coração vazio... é coração oprimido! Coração que dá eco!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Percepções

Existem momentos em nossas vidas em que devemos tomar algumas decisões... decisões estas que pensamos colocar grandes coisas a perder mas que, se não tomadas no devido momento, pode nos acarretar sérias consequências.
No intuito da auto preservação, traimos nossos sentimentos e acreditamos nos privar da felicidade e nos trancafiar numa cela escura e fria, mas na verdade, estamos libertando nossas almas e mentes para que possamos enxergar o mundo com a clareza necessária para o entendimento do que nos cabe.
E, no acaso de perdermos algo que nos é precioso, durante esse percurso, devemos entender que não era para estar em nosso caminho pois, nada de que dependa nossa paz, pode nos ser tão valoroso.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Indagações

Como é possível esse sentimento vazio...
Essa solidão em meio à multidão?
Esse frio interno, quando os termômetros registram 40ºC?
Essa certeza de não se encaixar em lugar nenhum, quando se está envolvida em vários projetos?
Esse desespero por querer compartilhar, quando a vontade é sempre estar sozinha?
Esse desejo de viver cada momento, quando o corpo só procura dormir?
Eu quero, eu preciso de algo, que não sei bem o que é...
As vezes acredito que apenas sobrevivo... ainda que não haja tormentas, apenas sobrevivo...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Quereres...

Quis o todo! O Amor como um todo e, quando ele veio, com todos os problemas decorrentes de um sentimento tão grande...
Quis lutar! Lutar até vencer, ou até me dar por vencida... quando isso não me foi permitido...
Quis esquecer! Quando percebi que um sentimento enorme assim poderia minar o meu íntimo, e quando esteve perto disso...
Quis o nada! Fingir que não haveria nem cicatriz, como se não tivesse havido algo tão grande e tão rápido, e quando vi o nada chegando, ele me rasgou de fora a fora, então...
Quis o todo novamente! Mas um "todo" que me fizesse feliz, que me fizesse sorrir... pois o "nada", que achei que fosse minha salvação, é um abismo! Agora...
Quero saber que aconteceu e que foi bom, ajuda a acalmar... quero uma boa lembrança e um bom amigo... se é que isso será possível...
Quero estar segura da minha invulnerabilidade perante o seu sorriso. Não somos Senhores de ninguém, quero apenas voltar a ser Senhora de mim mesma.
Estou quase conseguindo...

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Bilhete à Tinta Azul.

No claro intuito de desviar o pensamento de você, peguei um livro há um tempo esquecido, deitei em minha cama e (re)comecei a ler; ao virar uma página, cai um papel dobrado ao meio, do qual eu já nem me lembrava mais... curiosa, o abri, e me deparei com seu nome e alguns dados nele escritos à tinta azul e, imediatamente, fui levada ao dia em que o escrevi correndo, ansiosa para encontrar você, e o coloquei no meio do livro que foi comigo ao seu encontro. Não tive o ímpeto do choro, mas abri um sorriso amargo (ainda assim, um sorriso), virei-me de lado e dormi, desejando tão somente o Sol de um Novo Dia.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Reconfortante.

Hoje passei algum tempo observando a Lua... linda, redonda e viva... enviei bons pensamentos para você e pensei que, embora estejamos fisicamente distantes, a mesma Lua que ilumina a minha noite, nesse mesmo momento, está iluminando a sua noite também; imaginei você fazendo o mesmo, fitando a Lua com calma, e de repente me senti tão perto de você, como se pudesse sentir seu cheiro... isso me fez sorrir. (04/07/2012)

terça-feira, 3 de julho de 2012

Perdida...

Algo está errado...

Tentei fazer algo bom para uma pessoa que amo, e acabei gerando mais problemas a ela...
Tentei ser uma pessoa presente na vida dos que me rodeiam, e passei a ser descartável...
Tentei fazer com que aquele por quem "os meus sinos dobram" se afastasse de mim, para eu sofrer menos, e acabei o ofendendo, magoando, sofrendo muito mais, e fazendo sofrer...
Tentei me impor um ritmo de treino, de estudo acadêmico e de estudo religioso, e são raras as semanas que consigo cumprir a tudo...
Não sei mais o que tentar... duvido que, nesse momento, consiga realizar...
Quero... PRECISO... me ater a algo que me garanta a vontade de continuar...
Estou cansada, estou perdida...
Quero colo.
(03/07/2012)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

CAMPO DE BATALHA

Ao conhecer você, minha vida era amena, tranquila. Quando você surgiu, trouxe uma felicidade e vontade de viver cada momento, um sorriso ao despertar, uma esperança no futuro, tão intensos, que desequilibrou essa tormenta que é a Vida... logo, a Vida se personificou, e resolveu cobrar de nós um pagamento justo por tanta felicidade, enquanto o mundo se deteriora.

Em poucos instantes, vimo-nos num campo de batalha; de um lado, nós dois, do outro, as artimanhas da Vida, como o Tempo, a Distância, o Dinheiro, o Ciúme, a Insegurança, o Talvez e tantos Poréns... eu empunhei uma espada em uma das mãos e olhei para você e, ao me dar conta que você se "armou" apenas com dois escudos, senti que eu deveria lutar com mais garra, e empunhei uma segunda espada, e nenhum escudo.

Tão logo a grande batalha se iniciou, feri alguns combatentes, e sangrei pelas suas espadas, mas percebi que os golpes que mais me debilitavam eram desferidos por escudos... baques dos SEUS escudos que, no seu desespero pela proteção, acertaram-me em cheio; logo você deixou seus escudos caídos ao chão, virou-se e começou a se afastar... a batalha cessou... perdemos sem realmente lutarmos; ainda o chamei de volta algumas vezes, mas você não se voltou para mim, abandonando-me no campo de batalha, sozinha, ferida, e empunhando ainda as duas espadas.

Estava, nesse momento, ferida e sangrando, mas muito mais ferida pelos golpes dos seus escudos, que pelas espadas dos representantes da Vida.

Quando percebi que chamar e gritar não o trouxe de volta, entendi que teria que curar sozinha esses ferimentos... soltei uma das minhas espadas (a da mão esquerda, pois a destra luta melhor, e deve sempre empunhar uma espada) e tomei um de seus escudos, que estava ao chão. Obrigada por deixá-lo no campo de batalha! Entendi que, por mais que doa, e que a vontade fosse lutar até o fim, sozinha, não há batalha, então sigo em frente, levando agora uma espada e um escudo (que você me ofertou). Espero ter a honra de encontrar um outro Guerreiro, que também empunhe uma espada e um escudo, para batalhar ao meu lado, como sonhei, um dia, que você faria. Infelizmente, essa é a realidade, e parto agora com feridas que hão de cicatrizar, eu creio.

Eu nasci Guerreira, não posso mudar minha essência. Você, talvez, tenha nascido Príncipe e, definitivamente, não sou sua Princesa, mas sim, uma destemida Guerreira.

Vá, querido Príncipe, e leve consigo minha fragilidade... não posso tê-la comigo, para não sucumbir na próxima batalha com a Vida.

E... seja feliz para sempre!
(25/06/2012)

VISCERAL

Um dia, em meio ao caos urbano,
Tantas luzes, vozes, carros, poluição,
Eu ousei sonhar!
E sonhei com um colorido só meu
Em meio à paisagem cinza que me rodeia
Sonhei com uma felicidade íntima
Um torpor, um brilho que não se desfaz
E idealizei um homem, para justificar repentina luz,
Alguém tão singular, que só poderia ser onírico,
Alguém sincero, transparente, leal e real
Que chegaria derrubando por terra aquele antigo conceito pré concebido sobre os homens...
Alguém que, decerto, não pudesse existir...
Dessa forma, não me sentiria só
Apenas estaria à espera desse ser impossível,
E isso bastava para que eu seguisse em frente!

De repente, como que por magia
(ou travessura de algum Deus brincalhão)
Esse ser surge, saído de meus devaneios, e me encontra
Como se enviado para mim o fosse.
Em tempo ínfimo, muda minha vida
Minhas certezas, vontades e sonhos
Faz-me crer novamente em versos, poesias e canções
Reabre o meu coração e o enche de esperanças
Do mundo colorido, ENFIM!

Porém, os Deuses nos colocam obstáculos
Afim de que os superemos e mostremos gratidão pelo que nos foi ofertado
Para terem certeza de que merecemos tamanha felicidade
E, lá atrás, em meio à minha idealização
Esqueci-me de desejar que meu Amor tivesse a coragem necessária
Então, com a mesma velocidade que ele chegou, partiu
Mas agora, sei que ele existe!
AGORA, SINTO-ME SÓ!
(25/05/2012)

Balanço de vida

Olhando para trás, vejo muitos anos felizes, cheios de esperança e conquistas mas, para cada ano, enxergo dias tensos e difíceis... alguns que fazem parte da vida de todo ser humano, mas alguns tão absurdamente tempestuosos que muitos têm 1 ou, no máximo 2, em todo o decorrer da vida. Todos temos esses "monstros" nos rondando, mas me pergunto, quantos conseguem enfrentar tais "mostros", que afligem até adultos, aos 3 e aos 6 anos de idade?? E, depois disso, ainda suportam, em plena adolescência, fatos que já vi derrotarem muita gente forte?? Depois de tudo isso, já na vida adulta, levam o baque que todos sabemos que um dia virá, mas ninguém acredita que será tão cedo, e a maioria prefere nem pensar nele?? É... apesar de ter a minha fragilidade, superei tudo o que me foi colocado no caminho... cicatrizes? Várias, e doem com certa frequencia, mas me fazem lembrar da minha força e do meu valor... alguém duvida?? Tudo o que posso fazer por essas pessoas é mostrar o meu melhor sorriso e dizer: "Fico muito feliz por não transparecer todo esse sofrimento, isso quer dizer que, apesar dele, não sou uma pessoa amargurada... e não há nada no mundo que eu não seja capaz de vencer!" (26/01/2010)

01/11/2008!

Início de novembro, dia bonito, ensolarado, quente. Amigos e familiares reunidos num campo verde cheio de flores... tudo estaria perfeito, não fosse o motivo dessa reunião; todos com semblantes tristes, calados ou falando num tom baixo, muitos com os olhos vermelhos. Mas por que você tinha que ir num dia tão bonito? Os dias chuvosos ao menos choram a perda de alguém tão especial... mas eu tenho uma suspeita: aqui, nós a adornamos de flores azuis e choramos sua perda porém, do outro lado, a festa pela sua chegada e a alegria das pessoas que a aguardavam foi tão grande que, a luz, o perfume e a paz emanadas não couberam apenas naquela dimensão, e acabou vazando um pouco para o lado de cá, a ponto do lindo campo verde nem parecer um cemitério.
Sei que você deu o seu melhor para nós, e prometo que, em respeito a isso, ficarei bem.
Amo você!
(28/10/2009)

O medo de ter medo

Eu tenho medos... medo de subir, medo de cair, de errar, de não chegar, medo de ficar... e as vezes de ir... esse medos são comuns a todos... não são?? E medo de conseguir, medo de acertar, medo de amar, de ser uma pessoa querida... esses são comuns?? Porque, para mim, são muito mais reais e maiores que os primeiros medos, e isso faz com que a vida passe como um rio, enquanto eu tenho medo de mergulhar nele... não exatamente medo das pedras no caminho, mas medo de gostar tanto do frescor da água e da sensação de liberdade da correnteza e não querer mais sair desse rio... lutar para continuar nele... alguém pode me dizer que esse meu MEDO maior é errado?? De verdade?? DUVIDO! (29/08/2009)

Essência.

Há pouco tempo entendi que "mexer em nosso lixo" pode ser duro, pode nos magoar, mas ainda assim é necessário para superarmos definitivamente nossos pesadelos...
Há pouco tempo percebi que pessoas são mundos diferentes... esses mundos às vezes combinam com o nosso, às vezes não, mas não adianta brigar por isso... o melhor é entender que diferenças são importantes para que não vivamos num mundo repleto de espelhos...
Há pouco tempo resolvi ser minha própria fortaleza... isso não quer dizer, em absoluto, ser dura com o mundo, apenas significa resolver os próprios problemas, mesmo que eu chore sozinha a noite toda...
Há pouco tempo assumi que sou frágil... uma fragilidade que não pode ser entendida como "fácil de quebrar", e sim como sendo uma mulher que trabalha, estuda, luta, e ainda assim quer colo, de vez em quando... mas não qualquer colo...
Há pouco tempo senti na pele que amar é abrir mão... isso, na teoria, pode parecer fácil, mas percebemos o quão absurdamente difícil pode ser quando estamos ao lado de nossa mãe, em seu leito de morte, e fazemos uma oração, entendendo plenamente a parte do "seja feita a SUA vontade", e ainda assim aceitando essa vontade...
Hoje eu posso dizer sem medo: "Prazer, meu nome é Mariana, sei exatamente quem eu sou, o que quero e o que não quero! Quer fazer parte da minha vida?? Seja bem-vindo, mas não se esqueça nunca de ser sincero, pois não existe mais espaço em mim para tristezas desnecessárias". (01/05/2009)

Breve "olá"

Resolvi compartilhar algumas criações... na verdade, mais para textos "paridos" de minha mente, em momentos de tormenta... espero que incomode como aquela coceirinha que não cessa, pois é assim que acontece pra mim.