Muito mais triste quando ocorre naturalmente, sem maiores
traumas, sem brigas, sem raiva... pq a pessoa gradativamente deixa de fazer
falta. Mas como era delicioso pensar que aquela pessoa poderia estar ali,
compartilhando o seu dia, que gostoso pensar nela o dia todo... e que estranho
é quando naturalmente esses pensamentos rareiam...
E a ausência deixa um vácuo, que tem que ser preenchido,
insubstituivelmente, com amor próprio... ah, e quando esse tal de amor-próprio
surge, tudo o que ele quer fazer, debochando de nós, é incinerar aquele
pedacinho ao qual ainda nos agarramos... aquele nadinha de alguma coisa que
existiu, ou que apenas sonhamos que existiu! Aquele calorzinho de gostar de alguém é muito bom, até
quando a pessoa em si não o é... pq a alegria é nossa, que sentimos, não do
outro, que talvez nem mereça...
Se esse amor-próprio irritante permitir (ou se eu apenas
conseguir esconder dele), ainda vou guardar aquele pedacinho... naquele
calorzinho interno... o sorriso, o abraço sem igual, o jeitinho diferente do
meu de falar, a cara de bravo, o sentimento de segurança, o sussurro ao pé do
ouvido, o enlace do seu corpo no meu, o som da sua voz me chamando de “Anja Doce”, e o que mais houver de
gostoso, pra reviver em momentos difíceis... eu AMEI, e isso, meu Querido
A...njo, essa alegria... nada e nem ninguém pode tirar de mim, por mais que
tente!